domingo, 8 de março de 2009

Diario de uma suicida

Capítulo 4


Cheguei no hospital, corri o mais rapído que eu pude, pra a recepção, não queria nem imaginar o que me esperava, mas não conseguia deixar de pensar como ele estava. A mulher da recepção disse que ia chamar o medio.
Uns minutos depois o medico chegou de disse :
-Senhora ...Eu sinto muito...
-Porque? O que aconteceu ?Ele morreu ???
Eu já não conseguia nem pensar direito, minha cabeça estava rodando e eu estava aos prantos.
-Houve um acidente de avião...E quase ninguém sobreviveu, na verdade o David, é o único sobrevivente, mas ele está muito mal...
-Como ?Em coma ?
-Não pior, ele só está vivo , por causa dos aparelhos, nem um milagre pode salvar ele, e se ele acordar, provavelmente vai ter muitas sequelas.
-Ai meu ...
Só lembro de cair no chão, e depois acordar na cama do hospital.
Acordei , e comecei a lembrar de tudo que o medico me disse, vi flashbacks de cada beijo, cada choro, do seu rosto, e sua marca na boca, do nosso primeiro beijo , de quando ele me pediu pra namorar, e como tinha sido perfeito esse dia, lembrei do dia ele me pediu em casamento, de como eramos felizes, e isso tinha acabado. Chorei , chorei, até não poder mais, meu coração ardia, em dor constante , como facadas, uma atraz da outra, e parecia que essa dor nunca iria passar.
Quando o medico veio me ver , a unica coisa que eu consegui perguntar foi:
-Como o David está ?Eu quero ver ele agora , por favor !
Minhas lagrimas , não eram mais desesperadas, mas eram as mais doidas que existem , aquelas que você tenta esconder, mas vai caindo pelo seu rosto, você se sente vazia , seu coração fica tão apertado que parece que vai explodir.
-Ele está como ele estava ontem , não teve nenhuma melhora, mas também não piorou, e você não pode ver ele agora ,você tem que esperar um pouco , você não está em condições pra ver-lo.
-Não !Eu preciso ...Eu preciso..Você não entende, eu não consigo viver sem ele!
Eu fui levantar da cama, mas o medico , já tinha chamado os enfermeiros, pra me acalmar . Eles me me deram uma injeção e eu apaguei. Mas eu me lembro perfeitamente do que eu sonhei; eu estava em casa, a campainha tocava , eu ia atender, e lá estava ele, me olhando , e eu dizia:
-Poque você ainda toca a campainha?
-E que eu só vim me despesdir...
Ele me beijava , e depois me abraçava e dizia:
-Eu tenho que ir, vou estar te esperando
Eu olhava pra ele, tentando marcar cada detalhe do seu rosto e depois eu dizia:
-Por favor , não vá ...
Mas ele já tinha ido.