sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ui.Ui

Capítulo 11 (Parte 1)





Esse sonho, só me deixou mais atormentada e problemática , do que eu já sou, mas era tão real..
Quando eu acordei , tomei um banho pra ver se eu melhorava um pouco.Tomei café da manhã na pousada.
Fui em direção ao hospital, olhei as lojas , com aquelas roupinhas bonitinhas de bebe.Entrei em uma loja, que tinha acabado de abrir, e comprei a primeira roupinha do meu filho. Era verde , um macacãozinho , imaginei como ficaria, perfeito nele.
Depois quando eu já estava quase chegando no hospital, imaginei o rostinho dele , com os olhos do pai e a boca dele . Com o mesmo jeito e as mesmas manias bobas.
Cheguei no hospital no sempre, andei pelo corredor , parei em sua porta, olhei aqueles números que sempre me agoniavam e entrei. Olhei, seu corpo imóvel, e caminhei , desejando alguma mudança.
Sentei na cadeira ao lado da cama e fiquei olhando-o, nem estava afim de escrever , na verdade eu acho que eu já até terminei de escrever o livro, mas não tenho certeza absoluta , ainda falta revisar, ver se o final está bom e talz...
Fui almoçar, nem consegui comer nada , só aquele cheiro , já me enjoava.Voltei pra a pousada, revisei o livro , parecia bom .Isso me animou um pouco , depois de tanto tempo escrevendo, ninguém vai acreditar que eu terminei , na verdade, nem eu acredito , que eu finalmente terminei.
Liguei pra uma amiga que sempre lia meu livro, antes de eu mandar pra o editor. E pedi pra ela depois mandar pra ele assim que ela lesse. É claro , que ela ficou me perturbando, dizendo que achava que eu devia voltar pra a cidade e ficar com minha família , e que minha mãe , já estava desesperada, porque eu retornei nenhuma ligação. E ela nem sabia que eu estava grávida, e eu também não ia contar.
Com essa história de família, foi que eu lembrei que eu nem tinha ligado pra a avó do David. Na verdade , David nem tem família, os pais deles largaram ele quando ele era criança , ele nem lembra deles. Os avos que criaram ele, mas a avó dele nunca nem ligou realmente, quem se preocupava era seu avô, que morreu a uns anos atrás, então ele nem fala com a avó, e acho que ela realmente nem se importa , mas... E acho que seria certo contar pra ela... Hoje ? Não , estou sem nenhuma paciência ...
Nossa, agora eu estou ficando preocupada com a minha saúde mental. Eu estou falando comigo mesma. Meu Deus...
Dormi um tempão, até de noite, ultimamente estou ficando mais preguiçosa que o normal. Levantei, tomei um banho e fui pra o hospital , acho que é bom eu pelos menos ver gente ou conversar com alguém , sei lá.
Cheguei , o Rafael , estava lá , ela estava de folga nessa hora e a gente ficou conversando um pouquinho e ele disse que o plantão dele já estava acabando , que se eu esperasse mais um pouco, a gente podia jantar juntos. Nem pensei em negar com a solidão que eu estou...Pelo menos tenho alguém pra conversar.
Fiquei esperando no quarto do David, falando coisas idiotas e sem importância. Mesmo sem responder, eu podia sentir que ele estava me ouvindo, eu podia sentir, eu não sei como , mas eu podia.

domingo, 21 de junho de 2009

Diário de uma suicida

Capítulo 10 (parte 2)






Não consegui descansar nem um instante. E se o David, não acordar e continuar em coma? Como eu vou cuidar dessa criança, eu nem sei como trocar fralda, eu não sei nada dessas coisas. Meu deus, o que eu vou fazer? Essas coisas me atormentaram a tarde toda, misturados com um pouco de enjoou e dor de cabeça.
Passei a noite no hospital, preferi não dormir, para não sonhar , esses sonhos me deixavam mais nervosa do que eu já estou. Alguma coisa nesses sonhos fazem eles parecerem tão reais.
De manhã fui liberada do hospital. A primeira coisa que fiz foi passar no quarto do David e mesmo que ele não me escutasse eu queria contar a novidade.
-David, eu não sei se você pode me ouvir mas...Eu queria que você fosse a primeira pessoa a saber , além do medico é claro , que eu estou grávida. E...Eu queria tanto que você não estivesse assim , pra poder eu te beijar e abraçar...Mas...Você sabe que eu te amo tanto e eu tenho certeza que você vai melhorar e vai poder ver nosso filho ou filha nascer, crescer e vai me ajudar a fazer isso , eu sei que vai...Por que eu não consigo fazer isso sozinha, eu simplesmente não consigo sozinha...
As lagrimas foram caindo e agora que eu percebi que eu quero ter esse bebê, eu quero muito, ele é tudo que me resta agora.
Sai do quarto do David, falei com o Rafael, ele disse que o David não apresentou nenhuma mudança desde da ultima vez , mas que ele tem chances de se recuperar. E isso me deu um pouco, pelo menos um pouco de esperança.
Cheguei no quarto ,eu só pensava em uma coisa tomar um banho e comer alguma coisa, e nem me dei conta que eu estava morrendo de fome.
Tomei um banho bem demorado e fiquei pensando que na minha barriga tinha um serzinho, tão pequeno e frágil.
Pedi uma pizza, e comi toda sozinha, e não satisfeita , ainda fiquei com vontade de tomar sorvete e fui na rua comprar, numa loja que vende sorvete de todos os sabores.
Minha barriga estava tão cheia, que eu nem conseguia dormir , mas eu estava tão cansada que meus olhos foram fechando aos poucos e quando eu percebi eu já estava sonhando.
No meu sonho eu gritava:
-Eu te odeio, por me deixar sozinha!
Tinha alguém me olhando, mas estava escuro e eu não vi quem.
-Eu te odeio, por eu estar gritando, eu te odeio por não saber o que fazer, eu te odeio por tudo e mais um pouco. Eu te odeio por eu estar morrendo.
A pessoa que estava muito escuro, era como um nada, um vazio. Ele dizia:
-Como assim você está morrendo? O que você está falando? Porque você está gritando?Tenta ficar mais calma...
E eu reconheci essa voz, era do David. Eu só dizia:
-Eu estou morrendo, eu estou morrendo...
E eu saia andando e ouvia os gritos do David, mas eu não olhava pra traz, nem olhava pra seu rosto eu simplesmente ia embora.


























segunda-feira, 8 de junho de 2009

Diário de uma suicida

Capítulo 10 ( Parte 1)




-Que? Eu estou grávida ?
-É , o que parece ..
-Como isso aconteceu ? Meu deus!
-Bem, você realmente quer que eu te explique com aconteceu ?Porque parece muito obvio ...
-Não , não quero . Eu sei como aconteceu, seu maluco.
-Ah , desculpa , então...
-Não , não , esquece..
-Bom , então , eu vou deixar você descansar um pouco , depois eu peço pra enfermeira trazer alguma coisa pra você comer e amanha eu te libero .
-Tudo bem , então nosso jantar foi cancelado .
-É , mas só por enquanto , a gente marca outro dia ...
-Tudo bem ...
Ele saiu do quarto , eu dormi e sonhei .
Eu estava com um bebe no colo e o Rafael estava ao meu lado, o bebe era simplesmente lindo , tinha os olhos do David, mas o David não estava lá . Estávamos uma casa , perfeita, e tudo parecia preto branco , como um filme antigo. Mas , eu perguntava ao Rafael?
-Onde está o David?
-De novo isso ?
-Que ? Como assim ?
-Quando que você vai entender que ele não está mais com a gente ?
-Que ?Não , não é possível , você está mentindo , porque você está fazendo isso comigo ? Porque?
Eu acordei chorando muito , a enfermeira me olhava , e não sabia o que fazer. Prendi o choro e pensei que era só um sonho estúpido.Não conseguia parar de chorar mesmo assim , meu estomago deu um nó, corri pra o banheiro. Vomitei.
Quando voltei pra o quarto o Rafael estava lá me esperando.
-Você está bem ?
-Estou ... Só estou me sentindo um pouco enjoada .
-Hum , isso é normal ... A enfermeira disse que você acordou chorando..
-Eh , eu sonhei com David, de novo , mas é só um sonho ...
-Tem certeza que você está bem ...
-Tenho , eu só queria sair logo daqui...
-Eu acho melhor você tentar comer alguma coisa, e ficar por aqui , no hospital.
-Ah , sério ?
-Sério .
-Eu vou ter que dormir aqui ?
-Talvez, por enquanto, coma e descanse .

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diário de uma suicida !!!

Capítulo 9



Escrevi mais um pouco, estava quase terminando o livro, no maximo faltava mais um capítulo pra terminar .Só faltava achar um bom final para ela , mas não consigo pensar em nenhum final criativo, na verdade eu até queria que ela se matasse ou morresse alguma coisa do gênero , mas acho que ninguém gosta de um final assim. Então ainda estou considerando a opção dela sobreviver.
Fui um dia , sem muitas surpresas, almocei, lanchei e jantei.
Acordei de manhã, muito animada. Será que o David melhorou um pouco? Será que eu vou poder falar com ele?
Me arrumei , tomei café da manha na pousada e fui direto pra o hospital .Quando cheguei encontrei o Rafael no corredor :
-Oi, como está o David?
-Ah , oi , bem ... parece que está se recuperando , mas ainda estamos fazendo exames , então só poderei te dar certeza , daqui a uns dias...
-Uhum, tudo bem , na verdade , hoje eu estou bem otimista.
-Que bom , então o que você acha de a gente sair pra comer alguma coisa mais tarde?
-Por mim , tudo bem , ultimamente não tenho feito muita coisa, quer dizer , não tenho feito nada.
-Então ta , passo lá umas 20 horas ?
-Tá...
-Eu tenho que ir , vou atender um paciente , até mais ...
-Tudo bem , eu vou ver o David.
Continuei andando , até ver os números do quarto do David, e lá estava ele , como sempre , sentei lá , e fiquei conversando com ele , na esperança que ele pudesse ouvir. Li um pedaço do livro pra ele e fiquei lá até a hora do almoço.
Estava tão esperançosa que continuei escrevendo , desejando que minha personagem tivesse um final feliz assim como eu queria pra mim.
Parei de escrever mais ou menos meio dia , quando percebi que meu estomago estava roncando.
Sai do hospital , andei pelas ruas procurando um restaurante decente. Senti minha cabeça girando.Parei e sentei num banco. Mas minha cabeça continuava girando , fechei os olhos e não vi mais nada.
Acordei eu estava no hospital , Rafael estava me examinando.
-O que aconteceu ?
-Aparentemente você desmaio, mas eu vou pedir uns exames.
-Assim...Do nada ?
-Bem ...Não quero me precipitar , então vamos fazer os exames , então eu poderei dizer algo concreto.
-Tá.
Fiz os exames na mesma hora. Ele pediu ultra-sonografia, não entendi por que , acho que Rafael é meio doido as vezes ...
Rafael disse que ele ia tentar apressar os exames , mas que eu tinha que esperar um tempo no quarto descansando.Dormi.
Acordei , fiquei olhando pro teto , depois fiquei com muita vontade de vomitar.Fui no banheiro , vomitei .
Depois de uns minutos o Rafael chegou com os resultados.
-E ai ?
-Eu tenho alguma coisa ?
-Bem , tem sim.
-Ah , eu não acredito, que droga!
-Bem , eu não tenho como simplificar a noticia , então;
Eu interrompi ele .
-Ta, ta , ta ..
-Só diz logo ..
-Você ta grávida de dois meses.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Diario de uma suicida

Capítulo 8




Acordei, soando muito, nem consegui dormi mais, fiquei olhando pra o teto , depois levantei, dei umas voltas no quarto minúsculo, sentei na cama e fiquei lendo até de manhã. Fui tomar café da manhã às 7horas e fiquei enrolando no quarto até umas 8horas e resolvi ir pro hospital de uma vez.
Andei, parei em umas lojas, que estavam fechadas, depois de uns 15 minutos, cheguei no hospital. Procurei pelo Rafael, mas ele ainda não tinha chegado. Falei com um outro medico, que também estava cuidando do David. Ele disse que ainda não tinha nada concreto e que tinha que falar com o Rafael, antes de conversar comigo. E eu também não podia entrar no quarto.
Sentei na cadeira de espera. Será que aconteceu alguma coisa? Será que ele está bem? O que será que aconteceu? Todos esses pensamentos foram lentamente me corroendo, até um ponto que eu fiquei imóvel e não consegui chorar, meu coração parecia que ia saltar do meu corpo.
Então, eu ouvi alguém sussurrar no meu ouvido.
-Você está bem ?
-É..Acho que sim ...
-Você não parece muito bem ...
-Eu estou , só preciso me acalmar...
Eu nem vi quem era, mas tudo bem . Depois eu me senti um pouco melhor, tentei não pensar nisso . Fiquei esperando o Rafael.
Dormi na cadeira , acordei o Rafael estava olhando pra mim, e eu disse :
-Ah , oi , eu dormi muito tempo ?
-Não , na verdade, eu não sei , eu acabei de chegar ...
-Ah..
-Bom , hoje eu tenho duas novidades , uma boa e uma ruim..Qual você prefere primeiro ?
-A ruim , é claro .
Meus olhos se encheram de lagrimas.
-O David, não vai poder ser transferido do hospital ...
-Ah ?! Porque ?
-Ah , ai vem a noticia boa , quer dizer muito boa , parece que ontem de madrugada quando a enfermeira estava no quarto, ele mexeu o dedo . Ela chamou um medico de plantão que estava lá no momento e parece que ele realmente mexeu o dedo.
-Ai meu deus, não acredito , é sério ? Ele tem chance de se recuperar? Tem certeza? Que enfermeira é essa? O medico tem certeza? Quanto tempo mais no hospital? Vai haver alguma seqüela? Porque ninguém me avisou antes?
-Calma, uma pergunta por vez , na verdade , ele está apresentando algumas melhoras de ontem pra hoje , mas nada ainda que eu possa te dar certeza de que ele vai se recuperar sem nenhuma seqüela, ainda não sabemos , temos que esperar os exames. E eu não te avisei ontem , por que eu também só soube hoje.
-E, quando eu vou poder ver ele?
-Bom , agora se você quiser..
Eu sai correndo pelo corredor , mal esperava pra poder beijar-lo novamente , sentir seu perfume ...Eu precisa ver ele.
Abri a porta , e lá estava ele parado , imóvel naquela cama, sentei-me na cadeira perto da cama dele e segurei sua mão , esperando receber algum sinal da presença dele , mas nada aconteceu , uma lagrima escorreu , mas dessa vez não era de tristeza, era de felicidade ao mesmo tempo misturada com um pouco de decepção.
Hoje foi o primeiro dia depois do acidente que eu consegui escrever , afinal a minha história era sobre um mulher que perdia o marido e era o conflito dela com toda a situação . Escrevi :

Foi tão estranho , ela sempre achou que em tosa sua vida , desde de criança que desenhar era a coisa que ela melhor fazia , mas ao se deparar com tais desenhos, acho que ela não era tão boa como imaginou . E desejou tanto que ele estivesse lá , ele não iria dizer que ela era melhor , mas iria ficar em silêncio e entenderia sua dor .
Na verdade , ela se lembrou de como foi quando se casaram , mas não ficou triste , pelo ao contrario ficou feliz , mas mesmo tendo compreendido a sua morte , era tão difícil não ter ele por perto, que simplesmente , tinha vontade de se matar. E ela pensava que seria tão fácil, sem ninguém para impedir-la, e seria tão bom. Foi ai que ela entendeu tudo.

Queria escrever mais , estava inspirada , eu amava intensamente essa personagem , como a mim mesma , não que nossas características fossem as mesmas, nem nosso jeito , nem o drama , mas ela tinha um amor que talvez ninguém pudesse compreender ,como o meu .























segunda-feira, 13 de abril de 2009

Diario de uma suicida

Capítulo 7




Ele ligou pra o meu celular , eu atendi:
-To na porta.
-Já estou indo .
-Ok
Eu estou ficando com medo desse cara, como ele conseguiu o meu numero?Será que eu dei pra ele e não me lembro?Meu deus , eu estou ficando psicótica.
Sai no meu quarto e caminhei em direção a porta da pousada , e o medico estava me esperando, foi só agora que eu reparei como era o medico.Tinha uns fios brancos , o seu rosto era bonito, seus olhos eram claros, mas não conseguir definir que cor, seu nariz era um pouco grande, e sua boca normal.Seu rosto parecia cansado e envelhecido.
Entrei no carro, ficamos uns cinco minutos em silencio, depois eu lembrei que eu ainda não sabia o nome dele, e resolvi perguntar:
-Bom, sabe , por mais estranho que isso parece, sabe..eu ainda não sei o seu nome.
-Bem, eu acho que eu me apresentei, mas você estava tão nervosa..Bom, de qualquer forma, meu nome é Rafael.
-Acho que você sabe o meu nome né?!Mas de qualquer forma meu nome é Paloma.
-É , eu já sabia..
-Mas...O shopping é muito longe ?
-Mais ou menos , a gente chega em uns 20 minutos, o que você quer comprar? A desculpa , se é pessoal, por que eu sou meio curioso as vezes..
-Ah, tudo bem, eu tenho que comprar umas roupas, escova de dentes, pasta de dente , essas coisas, por que devo ficar ainda mais um tempo aqui, umas quatro dias, não sei ainda, então ... E você , vai comprar alguma coisa?
A gente conversou bastante.Chegamos no shopping , que não era muito grande, mas eu não queria comprar muita coisa mesmo.
Entrei em uma loja, e comprei umas roupas, engraçado que o Rafael foi muito paciente, ficou esperando. Depois tinha que ir na farmácia, comprei tudo que tinha pra comprar.
Saímos do shopping, Rafael, queria que eu conhecesse um restaurante.Chegamos lá , já eram umas 9horas . O restaurante era lindo , todo de madeira, com umas cortinas bonitas, parecia que nem era de verdade.
Sentamos na mesa, por dentro era melhor ainda, tinha velas por toda a parte, e tudo parecia perfeito. Escolhemos um prato , comemos, conversamos muito.Quando eu percebi , já eram meia noite.
Ele me levou de volta pra pousada e eu disse :
-Então, tchau...Até amanha.
-Tchau, até amanha ...Você vai que horas pra lá ?
-De manhã concerteza, umas 9horas.
-Até então...
Ele caminhou até o seu carro, e ficou esperando eu entrar na pousada.
Cheguei no meu quarto, estava muito cansada, só pensava em dormir. Sonhei novamente.
Parecia tudo muito real, o David estava sentado, no sofá da minha casa e eu estava fazendo o café, eu olhava pra ele , eu estava com uma barriga enorme, e dizia eu preciso me sentar , não agüento ficar em pé muito tempo, então ele se lenvantava e me ajudava a chegar no sofá , eu olhava pra ele e o beijava. Então eu gritava :
-A bolsa estorou ! Liga pro Rafael agora !










domingo, 12 de abril de 2009

Diario de uma suicida

Capítulo 6




Acordei, hoje eu ia poder sair do hospital, e tinha que resolver tantas coisas,como a transferência do David pra outro hospital na nossa cidade,tinha que voltar pra minha casa, não agüentava mais ficar naquele hospital.
Arrumei as minhas coisas, e fui pra a recepção preencher a papelada,hoje apesar do meu sonho, eu estava me sentindo um pouco melhor.Falei com o medico, que por sinal, eu ainda não sabia o nome dele.
-Ah, oi...
-Oi, como você está ?
-Um pouco melhor...
-Está sentindo tonteiras?
-Não , eu estou bem ...
-Que bom, quando o David vai ser transferido?
-Bem ...Acho que depois de amanha , mas talvez mais ...
-Ah, então ...Você vai ficar pela cidade mais um pouco ?
-Ah , isso eu não sei ...Eu não queria , mas não vou deixar o David aqui, então acho que eu posso esperar mais uns dias...
-E onde você vai ficar?
-Eu não sei, estou pensando em ver uma pousada por aqui.
-Hum , eu conheço uma aqui perto, se você quiser o telefone...
-Ah, quero sim...
Ele abriu o celular, procurou o numero e depois me mostrou e eu anotei no meu celular.
Fui olhar o David, na cama daquele hospital, fiquei parada observando-o, como sempre fazia. Cheguei mais perto , segurei sua mão, e mesmo tentando não chorar, uma lagrima escorreu dos meus olhos e caíram em suas mãos.
Peguei meu celular e disquei o numero da pousada.
-Alô?
-Oi , tem vaga de hoje , até domingo ?
-Só um minuto, vou checar .
-Ok
-Ah , tem vaga sim, pode vir agora se a senhora quiser.
-Que bom, eu vou daqui a pouco.
-Tudo bem .
-Tchau.
-Tchau.
Tinha que procurar o medico, pra saber onde era a pousada e onde tinha um shopping ou algum comercio, por que na pressa eu não peguei nada. Só minha bolsa.
Encontrei ele no corredor, ele me disse onde era a pousada e falou que tinha um shopping , só que era longe, mas quando ele saísse de lá, ele podia me levar. Não discuti, afinal, ele é muito legal comigo, e me entende.
Andei,andei, depois de uns vinte quarteirões eu achei a pousada, que era bem bonitinha, tinha umas florzinhas na porta, e a parede era toda colorida.
Entrei, falei com a recepcionista, ele me mostrou o quarto, fiquei vendo TV e pensando, enquanto esperava o medico, pra me levar no shopping. Que estranhamente, eu não sabia o nome ou simplesmente não me lembrava.









quarta-feira, 18 de março de 2009

Diario de uma suicida

Cápítulo 5





Acordei , minha cabeça estava girando, fiquei muito tempo, parada, sozinha, tentando pensar que tudo que aconteceu foi apenas um sonho e eu iria acordar a qualquer momento, e eu veria o David e ele estaria me abraçando e me beijando.
Vi o medico me observando da porta, e uns segundos depois , ele entrou , e disse :
-Como você está ?
-Um pouco tonta.
-Isso é normal, por causa dos remédios, mas você vai se sentir melhor, daqui a pouco.
-É ..
-Quando eu vou poder vê ele ?
-Daqui a pouco, quando a tonteira passar...
Abri , um olho, depois abri o outro, coloquei os dois pés no chão e comecei a andar, andei pelo corredor, olhei cada porta, esperando ver o numero 17. Depois de uns metros , achei esse numero, fiquei parada ,sem saber se entrava ou não.
Entrei, e lá estava ele, seu rosto perfeito, andei em direção a ele, olhei cada detalhe, queria beija-lo, abraça-lo , mas não podia, então deitei ao seu lado , e fiquei lá , esperando , que ele acordasse como sempre, me beijasse , e prometesse que ficaria comigo pra sempre. Meus olhos foram fechando,eu não queria dormir, mas estava tão tonta, que dormi .
Quando eu acordei, eu já estava na minha cama, o médico, estava me encarando.Então ele disse:
-Você não podia esperar né ?
-Não , não podia, você não entende.
-Você acha , que eu não entendo , você não sabe de nada , eu sei muito bem pelo que você está passando, minha mulher morreu há cinco anos de câncer.
-Então você sabe que eu não podia esperar, ele é tudo que eu tenho na minha vida, tudo.
-Eu sei , mas , acho que você não devia ter tantas esperanças, ele não melhorou nada.
-Mas , as vezes demoram anos, para uma pessoa voltar do coma...
-É , as vezes sim , mas o caso dele foi muito sério , não é impossível , que ele sobreviva, nada em impossível ,mas eu diria que é muito difícil.
-Eu sei , eu sinto, que ele vai sair dessa... Olha, eu já passei tantas coisas com ele , e a gente vai superar isso. Uma vez, há uns 3 anos atrás , a gente estava viajando, estávamos no hotel , eu escorreguei, e rolei da escada, até o chão , fiquei desacordada 3 dias, quebrei uma perna e um braço, duas costelas e levei alguns pontos na cabeça . Ele ficou 3 dias sem dormir, e ficou do meu lado , e quando eu acordei, ele cuidou de mim, por mais de um mês, ele foi despedido por causa disso, ele faltou o trabalho quase dois meses pra ficar comigo. Eu sei que não é nada, comparado a isso, mas ...
Eu já estava chorando, que não consegui nem falar mais nada. O medico sentou do meu lado e me abraçou, depois ele me deu um calmante e eu dormi de novo .E novamente tive outro sonho, mas dessa vez , eu estava com o medico, a gente estava conversando e eu começava a chorar , e eu só lembro de eu ouvir ele dizer :
-Você tem que decidir
Eu gritava desesperadamente :
-Não, Não, Não...Eu não posso!!
-Só você pode fazer isso.
Acordei gritando e suando muito. E senti meu coração muito apertado. Eu não tinha a menor noção , do que eu tinha que decidir, mas só de pensar nisso, minha cabeça começava a girar, e as lagrimas voltam com mais intensidade.

domingo, 8 de março de 2009

Diario de uma suicida

Capítulo 4


Cheguei no hospital, corri o mais rapído que eu pude, pra a recepção, não queria nem imaginar o que me esperava, mas não conseguia deixar de pensar como ele estava. A mulher da recepção disse que ia chamar o medio.
Uns minutos depois o medico chegou de disse :
-Senhora ...Eu sinto muito...
-Porque? O que aconteceu ?Ele morreu ???
Eu já não conseguia nem pensar direito, minha cabeça estava rodando e eu estava aos prantos.
-Houve um acidente de avião...E quase ninguém sobreviveu, na verdade o David, é o único sobrevivente, mas ele está muito mal...
-Como ?Em coma ?
-Não pior, ele só está vivo , por causa dos aparelhos, nem um milagre pode salvar ele, e se ele acordar, provavelmente vai ter muitas sequelas.
-Ai meu ...
Só lembro de cair no chão, e depois acordar na cama do hospital.
Acordei , e comecei a lembrar de tudo que o medico me disse, vi flashbacks de cada beijo, cada choro, do seu rosto, e sua marca na boca, do nosso primeiro beijo , de quando ele me pediu pra namorar, e como tinha sido perfeito esse dia, lembrei do dia ele me pediu em casamento, de como eramos felizes, e isso tinha acabado. Chorei , chorei, até não poder mais, meu coração ardia, em dor constante , como facadas, uma atraz da outra, e parecia que essa dor nunca iria passar.
Quando o medico veio me ver , a unica coisa que eu consegui perguntar foi:
-Como o David está ?Eu quero ver ele agora , por favor !
Minhas lagrimas , não eram mais desesperadas, mas eram as mais doidas que existem , aquelas que você tenta esconder, mas vai caindo pelo seu rosto, você se sente vazia , seu coração fica tão apertado que parece que vai explodir.
-Ele está como ele estava ontem , não teve nenhuma melhora, mas também não piorou, e você não pode ver ele agora ,você tem que esperar um pouco , você não está em condições pra ver-lo.
-Não !Eu preciso ...Eu preciso..Você não entende, eu não consigo viver sem ele!
Eu fui levantar da cama, mas o medico , já tinha chamado os enfermeiros, pra me acalmar . Eles me me deram uma injeção e eu apaguei. Mas eu me lembro perfeitamente do que eu sonhei; eu estava em casa, a campainha tocava , eu ia atender, e lá estava ele, me olhando , e eu dizia:
-Poque você ainda toca a campainha?
-E que eu só vim me despesdir...
Ele me beijava , e depois me abraçava e dizia:
-Eu tenho que ir, vou estar te esperando
Eu olhava pra ele, tentando marcar cada detalhe do seu rosto e depois eu dizia:
-Por favor , não vá ...
Mas ele já tinha ido.

domingo, 1 de março de 2009

Diario de uma suicida



CAPÍTULO 3


Mais um dia se passava, e eu nem percebia .Só conseguia pensar no casamento e tinha tanta coisa pra fazer, queríamos nos casar o mais rápido possível , em uns dois meses.
Quando ele chegou em casa a noite , me disse:
-Olha...eu preciso viajar...
-É ? Porque ?
-Bem, é a trabalho, meu chefe mandou ..
-Quando?
-Depois de amanha, e eu devo voltar em dois dias.
-Bem , se você tem que ir , tudo bem ...Mas, você vai pra onde ?E como vai ser ?
A gente ficou conversando sobre isso , depois falamos sobre o casamento, e que já que ele ia viajar eu poderia terminar meu livro, que por sinal, só tem falta uns dois capítulos.
De manhã , quando eu acordei , ele já tinha ido e percebi que ele já tinha feito a mala pra viajar.
O dia foi monótono, não fiz nada de especial , escrevi um pouco, sai a tarde e dormi. Hoje o David dormiu na casa dele , e vai passar amanhã na minha casa pra buscar as coisas, e é claro se despedir de mim.
Acordei cedo, preparei o café da manhã, comi e fiquei vendo TV , enquanto esperava o David.
A campainha tocou, eu atendi, na verdade eu nem sei porque eu dei essa maldita chave , já que ele nunca usa, mas tudo bem.Ele entrou, beijei ele por algum tempo, perguntei se ele queria tomar café da manhã , ele disse que sim , e ficamos conversando enquanto ele comia.
Depois ele pegou a mala, parou na porta, e me beijou , agora ,era um beijo sufocante, meio desesperado, não tão delicado como o de costume, mas não posso dizer que era ruim, era bom , é claro , mas aquele beijou me deixou com uma sensação horrível.
Ele saiu com a mala, e colocou no porta malas do táxi, e nos beijamos novamente, esse beijo, foi doce e longo, delicado ,mas muito profundo, senti como se o mundo tivesse parado, e só tivesse a gente no planeta, não ouvia nada , só o seu coração batendo forte, e tudo ao redor não era nada comparado aquilo que eu estava sentindo, queria poder eternizar esse momento.

Paramos de nos beijar, olhamos uma pra o outro e eu só consegui dizer : eu te amo , e ele disse : pra sempre. E saiu.
Fiquei alguns minutos parada, eu estava como uma sensação tão ruim, mas deve ser coisa da minha cabeça, logo depois entrei em casa.
Escrevi o dia todo eu não conseguia parar, hoje era um dos dias que eu estava inspirada, o livro estava pronto, e eu não podia nem acreditar, depois de tantos meses escrevendo, finalmente terminei.
De noite liguei pra o hotel que o David estava hospedado .
-Alo,eu poderia saber qual quarto está o David ...

O atendente não deixou eu terminar de falar...
-Ah, só um minuto
-Tudo bem...
-Moça...Ele não está aqui , na verdade , eu acho melhor a senhora ligar pra hospital São Pedro.
-Porque??O que aconteceu ??
Nesse momento eu estava gritando , eu chorando muito, eu não conseguia me controlar.
-Ele sofreu um acidente, muito grave, eu não sei os detalhes...Sinto muito...
-Ai meus deus!!!
Eu peguei minha bolsa e fui direto pra o aeroporto, eu precisava ver ele, peguei o primeiro voo e cheguei em três horas. Mas o tempo parecia que não passava no avião, eu só pensava como estava o David, e quando olhava pra a aliança não conseguia parar de chorar, eu simplesmente não consigo viver sem ele , era impossível, ver minha vida , sem ele .

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Capítulo 2




Acordei, troquei de roupa e fui correr. Queria sentir o vento no meu rosto, poder transbordar minha felicidade, nunca me senti tão feliz em toda minha vida, queria poder gritar ao mundo todo o amor que eu estava sentindo, e foi exatamente o que eu fiz, gritei , gritei novamente, até lagrimas de felicidade escorrem pelo meu rosto e pingar no chão.
Corri o mais rápido que eu pude, cheguei em casa, abri a porta e deitei no chão e vi lentamente, como o filme em câmera lenta, a minha vida toda. Dormi.
Acordei eram quase 12h00min, eu queria fazer alguma coisa especial, mas estava tão em cima da hora, mas o David me ligou:
-Alo...
-Amor. eu estava pensando de a gente almoçar em um lugar legal,o que é que você acha ?
-Ah, na verdade, eu acho ótimo, aonde que vai ser?
-Isso é segredo...
-Ah, você sabe que eu odeio surpresas.
-Mas essa você vai gostar...
-Ta. Fazer o que...
-Então, eu vou passar ai daqui a meia hora.
-Aham, tudo bem...
-Beijos... Te amo muito, muito mesmo
-Eu também te amo muito, beijos...
-Beijos.
Tomei um banho, coloquei o vestido azul claro. Estava colocando a maquiagem, quando a campainha tocou, fui abrir a porta, era o David.Antes que eu pudesse olhar pra ele eu comecei a falar:
-Por que você não entra com a sua chave, não precisa tocar a campainha...
Quando eu olhei pra ele, ele estava com o maior buquê de rosas que já vi na minha vida, e uns balões escritos eu te amo e com a aliança na mão, ele disse:
-Desculpa amor... eu não consegui abrir a porta ...
-Ai meu deus!Você é louco?
-Gostou?
-É claro, é perfeito... e
Então ele tirou a aliança da caixinha e colocou no meu dedo, beijei-o, depois ele entrou na “nossa” casa, largou as flores no sofá, e os balões foram pra o teto e me beijou, agora com mais intensidade, como se fosse os últimos minutos.
Saímos de casa e ele me levou a um campo com um milhão de flores e tirou do carro uma cesta com uma daquelas toalhas quadriculadas. Ele pos a toalha no chão, abriu a cesta e colocou as coisas em cima da toalha, só fiquei observando, até que ele olhou pra mim, levantou e ficamos nos encarando por uns minutos até que eu o beijei, fomos comer.
Ficamos deitados na tolha conversando, depois eu cochilei no colo dele, acordei, ele estava me olhando e eu olhando-o tentando gravar cada detalhe do rosto dele, cada marca, tudo, seus olhos tão profundos, sua boca, que tinha uma cicatriz, tão pequena que quase ninguém percebia, depois olhei pra minha mão, vi minha aliança e percebi que era aquilo que eu queria pra o resto da minha vida, não tinha a menor dúvida.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Diario de uma suicida

                                                    Capítulo 1

 

 

 

 

            É isso, eu tenho que aceitar o fato, que terminou, por que sinceramente, eu me sinto meio psicótica às vezes, mas quando eu deito na cama e penso como minha foi boa nesses últimos anos, e agora parece que o chão vai se abrir, ou eu vou parar de respirar sem motivo. É isso que minha vida se tornou nos últimos tempos. Vazia.

            Bom, acho que é só isso que eu tenho a dizer, queria poder dizer um pouco mais , mas não quero enrolar, é isso , não tem mais jeito, tenho que fazer isso. Sinto que isso é tudo .Meus pés , nesse momento parecem estar grudados no chão, mas eu sei que seu me mover um centímetro, toda essa dor vai passar, e vai ser tudo como um pesadelo que eu vou acordar.

 

 

                                            2 meses antes ....

 

 

            Viva a vida intensamente, sinta o gosto do beijo, olhe cada detalhe, por que pode ser o ultimo.

            Olho o sol, batendo no meu rosto, o vento, tudo parece que conspira ao meu favor, olho aquele rosto, que beira a perfeição, e observo, como se fosse a ultima vez, penso o que seria da minha vida sem ele. Ele abre seus olhos e me encara por um tempo, depois me beija , seus lábios doces se movimentam devagar e por fim abre seus olhos e me encara por mais um tempo, desejo que esse momento nunca acabe.     

            Ficamos em baixo daquela árvore, por muito tempo e depois ele me levou pra casa, mas estava com pressa , por que tinha que trabalhar,afinal  nem todos tem a sorte de poder trabalhar em casa, mas na verdade eu tinha mesmo que escrever,  já faz semanas que eu não escrevo nada.

            Escrevi um pouco, minha história estava quase pronta, mas eu nem percebi que eram umas 20h30 e eu tinha combinado de encontrar o David , no restaurante, às 21hs. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido azul. Quando cheguei lá o David já estava me esperando, me desculpei pelo atraso e a gente pediu uma salada e ficou conversando sobre coisas bobas, discutindo política, falamos sobre quase tudo , mas era quase impossível ficar sem assunto.

            Ficamos até umas 2hs no restaurante, e depois ele dormiu lá em casa, por que praticamente ele já mora lá mesmo, só fico imaginando se ele vai me pedir em casamento, penso como vai ser nossos filhos , nossa nova casa ..

            Acordei com ele levantando da cama, tentei levantar, mas estava com tanto sono, ele me disse pra ficar na cama e me deu um beijo na testa.

            Só fui realmente acordar umas duas horas depois. Troquei de roupa e fui tentar escrever mais um pouco, preciso termina logo o livro, mas eu estava com tanto sono , que resolvi dormi de novo.

            Depois, ouvi a voz dele falando pra a gente almoçar e é claro, me chamando de preguiçosa. Almocei com ele , ele fez o almoço, que não estava muito bom , mas não ia falar nada , por que pelo menos ele fez . A gente fiou vendo um pouco de televisão, mas eu nem prestei atenção, por que ele ficava me olhando, e então eu ficava com vontade de beijar ele, mas depois ele que trabalhar, mas mais tarde, eu prometi fazer um jantar especial.

            Fui no mercado e depois no shopping, pra comprar um vestido pra usar hoje a noite.

            Cheguei em casa e comecei a preparar o jantar, tinha que ser perfeito , eu deixei tudo pronto e depois fui me arrumar, demorei umas três horas pra ficar pronta e depois fiquei esperando ele chegar.

            Ele chegou às 20hs em ponto, tocou a campainha, mesmo tendo a chave, eu abri a porta , ele me beijou  e entrou.

            Ele estava com uma cara meio esquisita e disse:

            -Eu tenho que te dizer uma coisa..

            -O que ? Você está com uma cara estranha...

            -Bem , é que eu estou um pouco nervoso, a gente se conhece há muito tempo, e tem uns meses que eu quero te dizer isso , mas não tenho coragem...Eu quero que você saiba que eu te amo, quero ficar com você a minha vida inteira, então ...eu quero saber se você aceita casar comigo ?

            -Ai meu deus...

            - Se você não quiser .. eu entendo..

            -Que ?É óbvio que eu quero , eu te amo tanto, o que eu mais quero é casar com você!

            -Que bom , eu estava tão nervoso...

            Eu beijei ele e depois eu insisti para a gente comer, por que eu demorei tanto pra preparar e ele disse que a comida estava ótima e depois, bom é óbvio, como tudo terminou é claro.